Em um certo tempo não existiam mulheres na terra, somente homens. Um dia Baíra, um pajé, foi pescar e pegou muito peixe, havia pego muitos jandiás, ele não sabia o que fazer com tanto peixe.
Então Baíra, chamou os companheiros
e falou:
- Vou criar mulheres para
todos nós.
De madrugada Baíra acordou,
pegou uma porção de jandiás e soprou sobre eles, os peixes viraram em lindas
mulheres, gordas como os jandiás. Destinou cada mulher a um companheiro.
De princípio, os homens não
quiseram acreditar que fossem mulheres, mas, à noite foram se deitar com elas.
Apenas Baíra não quis uma
mulher. Durante muito tempo, ele viveu sozinho. Até que um dia pescando com seu
arco e flecha ele captura um jandiá. Tirou o peixe da água e a flecha que o
atravessava, quando estava se preparando para flechar outro ele ouviu uma voz,
vinda da direção de onde estava o jandiá, que o chamava.
Ao olhar procurando quem
o chamava, Baíra viu uma cunhã (mulher) muito bonita, de cabelos claros e
compridos.
Ele a convidou para que ela o seguisse. A cunhã (mulher) foi com ele e tornou-se sua esposa.
Fonte:
Galdino, L; Mitologia indígena. São Paulo : Nova Alexandria, 2016. p.168 : il. ISBN: 978-85-7492-384-0
Comentários
Postar um comentário